Para fazer justiça para sua filha, assassinada pelo marido, Ladim decidiu estudar Direito aos 60 anos de idade.Um pai cheio de coragem, em busca de justiça.João Paes Landim, 65 anos, aposentado (diretor de escola), decidiu estudar Direito aos 60 anos de idade,depois de sua filha ter sido assassinada pelo marida.Célia Ribeiro Landim era a sua única filha mulher, estava grávidade quatro meses e foi morta na frente da filha mais velha (na época, com dois anos).Se tornar advogado foi a maneira que Landim encontrou para aplacar sua dor e ver o assassino atrás das grades.Célia era professora e tinha 33 anos. Levou um tiro na cabeça em 1997. O autor do disparo foi o marido, Antôno Carlos Rodrigues.Ele foi condenado por um júri popular a 16 anos e 4 meses de reclusão (em março de 2006).O crime aconteceu em Arujá, São Paulo.João Landim atuou junto ao advogado de acusação (não foi permite que ele assumisse esse papel por ser parente da vítima).Antôno Carlos se entregou 18 dias depois de ter cometido o crime. Foi preso e cumpriu apenas oito meses de decisivo para Landim começar a estudar Direito.Em liberdade condicional, o genero de Landim (Antônio Carlos) chegou a fazer ''bicos'' como segurança e se envolveu em mais duas ocorrências policiais.No ano 2000, uma nova prisão preventiva foi decretada, mas ele havia fugido.Nesse período, mãe do assassino inventou que o filho estava morto.
Já com conhecimentos na área jurídica, Landim começou a seguir,monitorar os passos da família do seu genro. Pediu ajuda ao programa Linha Direta.Em maio de 2002, a simulação do crime foi ao ar e, graças a isso, Antônio Carlos foi localizado na Bolívia, onde vivia com nome falso, tinha uma nova família e era dono de uma empresa de Linha Direta de 27 de novembro de 2003.
Nove anos depois do assassinato de Célia, Landim e Antônio Carlos voltam a se encontrar.Da platéia, o obstinado pai assstiu ao julgamentodo genro. O caso virou manchete dos telejornais. O assassino, apesar de julgado e condenado, ainda pode recorrer da decisão da justiça.Apesar de ter atingido oseu objetivo inicial, Lamdim admitiu que não há fato nem condenação que diminua sua dor pela perda da filha.Sua luta chegou ao fim, agora, a briga é manter o assassino de Célia na cadeia, pois existe um recurso de apelação em tramitação.Além disso, espera-se a votação no Congresso da mudança da lei do crime hediondo.Se passar, essa mudança possibilitará aos condenados por esse tipo de crime passar do regime fechado para o regime semi-aberto, e, logo após, tendo bom comportamento, passar para o aberto, ou seja, na rua.